quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

GATOS: MANUAL DE INSTRUÇÕES

PARTE 6: PRINCIPAIS DOENÇAS

Depois de dois meses sem atualizações, voltamos com força total!!! Vamos retomar o tema abordando a LEUCOSE FELINA.



6.3 LEUCOSE FELINA

Também conhecida como Leucemia Felina, a Leucose é uma doença causada por um retrovírus oncogênico e imunossupressor de distribuição mundial que afeta felinos domésticos e silvestres.

AGENTE ETIOLÓGICO

O agente transmissor da Leucose é o FeLV (Feline Leukemia Virus) , um Gammaretrovírus com três sorotipos importantes, a saber: A, B e C.
  • O FeLV-A é o mais comum, acomete todos os gatos suscetíveis e provoca grave imunossupressão.
  • O FeLV-B ocorre em cerca de 50% dos gatos infectados e tem maior tendência em desencadear neoplasias do que o FeLV-A.
  • O FeLV-C ocorre em apenas 1% dos gatos infectados com FeLV e ocasiona anemia grave.
Os sorotipos podem atuar isoladamente ou em combinação, causando assim vários sintomas.







EPIDEMIOLOGIA E TRANSMISSÃO

A transmissão ocorre pelo contato entre o gato portador de FeLV e o gato sadio através da saliva, leite, urina e fezes, isto é, de forma direta através da lambedura, mordedura, amamentação e acasalamento, ou indireta, na água de beber, comida e caixa de areia. A transmissão transplacentária também pode ocorrer, quando a mãe for portadora do vírus, infectando o feto levando a quadros de aborto ou natimortos.



PATOGENIA


Após o contato animal-vírus, este segue para o tecido linfático da orofaringe, onde se replica. Neste ponto pode haver uma resposta imune eficaz ou ineficaz, na falha do sistema imune, o vírus segue pela via linfática para outros órgãos como glândulas salivares, baço, células epiteliais do intestino, bexiga e medula óssea devido às células mononucleares infectadas.



SINTOMATOLOGIA E DIAGNÓSTICO


Há quatro formas clínicas da doença:

  1. Neutralização Viral:  o gato apresenta uma resposta imune, deixando-o resistente a futuras infecções por um período de tempo. Ocorre em 30% dos casos. PCR e ELISA são positivos no inicio, depois tornam-se negativos.
  2. Viremia: o vírus progride no organismo através das fases da doença. Os testes tornam-se positivos na seguinte ordem: PCR e ELISA (sangue), ELISA (saliva). Ocorre em 40% dos casos.
  3. Latência: a imunidade do gato não responde, porém, o animal não se torna virêmico. O vírus entra em estado de latência e não ocorre nenhuma replicação. Este estágio dura em torno de 30 meses, quando então progride para neutralização ou viremia. Ocorre em 30% dos casos. O Teste PCR é o único que se apresenta positivo.
  4. Portador São: O vírus continua a se replicar, porém, devido à alta resposta imune, o vírus não sai das células de infecção inicial. Os testes PCR e ELISA (sangue) são positivos enquanto que o ELISA (saliva) é negativo.


Os sintomas irão se apresentar conforme o estágio clínico da doença, o sorotipo ou sorotipos envolvidos e principalmente a resposta imune do animal. Dentre os sinais mais comuns temos: Apatia, anemia, perda de apetite, febre, gengivite, estomatite, efusão pleural (cavidade torácica), anormalidades oculares como anisocoria, hepatoesplenomegalia,



TRATAMENTO

Irá depender dos sintomas apresentados pelo animal.








PREVENÇÃO
  • Mantenha o programa de vacinação do seu amigo gato em dia;
  • Diminua seu acesso à rua e o contato com gatos de procedência desconhecida;
  • Certifique-se que o animal que está adquirindo é saudável antes de colocá-lo em contato com outros.




CONSIDERAÇÕES FINAIS

Um dos principais objetivos do blog é informar aos proprietários a gama das principais doenças que podem acometer nossos Amigos Gatos, portanto, fiquem atentos, tenham sempre um veterinário de confiança e fiquem à vontade para tirar dúvidas!

Até a próxima!

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