quinta-feira, 31 de maio de 2012

GATOS: MANUAL DE INSTRUÇÕES

PARTE 6: PRINCIPAIS DOENÇAS

Dando continuidade a série de postagens sobre as principais doenças que acometem nossos Amigos Gatos, falaremos um pouco sobre a Rinotraqueite Felina.





6.5 RINOTRAQUEITE FELINA



Uma doença do trato respiratório superior dos felinos, a rinotraqueite é extremamente comum entre felinos domésticos e selvagens,sendo responsável por 40-45% das infecções respiratórias felinas.

AGENTE ETIOLÓGICO


Causado por um herpesvírus felino 1 (HVF- 1) pertencente à família Herpesviridae, subfamília Alphavirinae, gênero Varicellovírus. É um DNA-Vírus, apesar de ser descrito apenas um sorotipo, a virulência pode diferir entre as diferentes cepas virais. É espécie-específico, ou seja, o ser humano não corre o risco de contaminar-se com a doença. 

EPIDEMIOLOGIA E TRANSMISSÃO

É um vírus pouco resistente às adversidades do meio ambiente, sendo bastante sensível aos desinfetantes comuns e a altas temperaturas, no entanto, é facilmente transmitido entre animais que vivem aglomerados (vítimas de abandono) em parques, faculdades, na rua etc.

A transmissão se dá por contato direto entre animais doentes e animais susceptíveis, através de secreções oronasais e/ou oculares. Alguns gatos após a cura podem ser portadores assintomáticos da doença, ou seja, ela não demonstra sintomas, porém, o contato entre estes animais com outros susceptíveis pode levar à transmissão.





PATOGENIA E SINTOMAS

O vírus penetra pela via nasal, oral ou conjuntival causando infecção primária do epitélio nasal com subsequente proliferação para o saco conjuntival, faringe, traqueia, brônquios e bronquíolos. O período de incubação é geralmente curto, ou seja, após o contato inicial com o vírus, em média 24hs, é notório o aparecimento dos primeiros sintomas.

Os sinais clínicos indicativos da doença estão relacionados com o sistema respiratório: Olhos lacrimejando, conjuntivite, descargas nasais, espirros paroxísticos (vários ao mesmo tempo; em série), rinite, sialorreia (salivação excessiva) etc. Como nas demais enfermidades, os animais doentes sofrem mudança de comportamento, ficando mais apáticos, apresentando perda de apetite e em casos agudos podem apresentar febre.






DIAGNÓSTICO

O diagnóstico clínico é feito com a constatação dos sintomas.
O diagnóstico laboratorial pode ser realizado através de testes como Imunofluorescência e PCR.

TRATAMENTO

Devido ao estado debilitado em que se encontram a maioria dos animais enfermos, é super importante realizar a fluidoterapia que cuidará em hidratar o animal e repor os fluidos importantes para seu equilíbrio eletrolítico. Para desobstrução das vias aéreas é bastante utilizada a nebulização, aliviando o desconforto oronasal. No combate às infecções oportunistas são utilizados antibióticos e em caso de inflamação da conjuntiva e/ou febre também é feito o uso de antiinflamatórios.

PREVENÇÃO

Sem dúvida é a vacinação. Os filhotes podem ser vacinados a partir dos 42 dias de vida, especialmente se a mãe nunca foi vacinada. Para os adultos já vacinados, realizar reforço anual.


RESUMINDO...

Para evitar que seu Amigo possa contrair a rinotraqueite, siga o esquema de vacinação a risca, evite o contato com animais de rua ou mesmo não permita seu acesso ao ambiente externo à sua casa, assim, evitaremos a rinotraqueite  e muitas outras doenças!

Abraços e até a próxima!

Tátilla Luz




domingo, 13 de maio de 2012

Para aquelas que amam incondicionalmente seus filhos de quatro patas e enormes bigodes...








FELIZ DIA DAS MÃES

quinta-feira, 26 de abril de 2012

GATOS: MANUAL DE INSTRUÇÕES

PARTE 6: PRINCIPAIS DOENÇAS

Voltamos! E nessa postagem abordaremos um pouco sobre uma das doenças mais comuns entre os gatos, a PANLEUCOPENIA FELINA.










6.4 PANLEUCOPENIA FELINA

Uma virose muito comum entre os nossos Amigos Gatos, a Panleucopenia Felina também tem como sinônimos Parvovirose Felina, Agranulocitose Felina ou Laringoenterite contagiosa. 


AGENTE ETIOLÓGICO

A doença é causada por um vírus da família Parvoviridae sendo classificada como uma parvovirose felina. O vírus é espécie-específico para felinos, ou seja, não acomete outros animais, ou o homem.

É um vírus altamente contagioso, não tem preferência por sexo ou idade, embora acometa frequentemente filhotes entre 1 e 2 meses e gatos até 1 ano de idade, sendo rara a manifestação em gatos adultos.






EPIDEMIOLOGIA

O vírus encontra-se no ambiente apresentando grande resistência às adversidades do meio exterior, podendo sobreviver por até 1 ano no meio ambiente. Seu reservatório são os próprios gatos doentes. É considerado um dos mais importantes patógenos gastrintestinais dos felinos, provocando alta mortalidade variando entre 50 - 90% dos enfermos. Os animais com maior susceptibilidade à doença são os gatos de rua, em especial aqueles que vivem aglomerados (gatos abandonados em parques, universidades etc).








TRANSMISSÃO

A transmissão se dá através do contato direto entre animais doentes e animais susceptíveis ou através de fômites, alimentos contaminados, ambiente sujo com excretas: diarreia, urina, vômito. Há relatos de transmissão através de ectoparasitas e até mesmo transmissão intrauterina.O vírus pode ser liberado por até 6 semanas após o desaparecimento dos sintomas.

PATOGENIA E SINTOMAS

A doença pode ocorrer inicialmente sem apresentar sintomas ou pode ocorrer morte súbita, nesses casos em particular, a panleucopenia pode ser confundida com envenenamento. Na maioria dos casos, após a penetração do vírus no organismo, a fase de incubação pode variar de 2 a 7 dias. Os principais sintomas são:  Febre, inapetência, sensibilidade abdominal, vômitos, diarreia e desidratação.

DIAGNÓSTICO

Recomenda-se a associação dos sinais clínicos e exames laboratoriais. 

A panleucopenia felina deve ser considerada em todos os animais de 1 mês a 1 ano de idade que apresentarem diarreia e vômito.

Para a diferenciação entre a Panleucopenia e outras gastroenterites recomenda-se realizar técnicas precisas como PCR para identificação do agente etiológico, já que outras doenças também causam leucopenia e agranulocitose, facilmente detectáveis por exames de sangue.





TRATAMENTO

O tratamento é baseado nos sintomas que geralmente combatem a gastroenterite e vômitos, uma vez que doenças virais dependem muito mais da capacidade de resposta imunológica do animal do que uso de antibióticos.

PROFILAXIA

A melhor forma de prevenção é a vacinação, sendo que a vacina, além de outros vírus, deve prevenir a panleucopenia.




CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em suma, verificamos que é importante manter o calendário de vacinas em dia, especialmente se seu Amigo Gato tem contato com o ambiente exterior a sua casa. Em caso de dúvidas verifique nossa publicação sobre vacinação:http://meuamigogato.blogspot.com.br/2011/04/gatos-manual-de-instrucoes_09.html

Esperamos que o conteúdo ajude a manter a saúde de seu bichano!

Abraço e até a próxima postagem!

Tátilla Luz



sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012






O MEU AMIGO GATO NÃO PODERIA FICAR DE FORA DESSA COMEMORAÇÃO, NÃO É?

Uma postagem especial, apenas para ratificar o quanto esses animais singulares são importantes para milhares e milhares de pessoas, pela sua meiguice e doçura, cumplicidade, amizade e tudo mais que vem junto com o pacote, pois eles são surpreendentemente incríveis. Uma das poucas coisas que pessoalmente posso afirmar na minha vida é que, sou feliz, por tê-los junto a mim.


Bruce, meu filho mais velho (2 anos e 11 meses)



Iúgine ou para os íntimos, Iú.



Bebezinho - o nenen da mamãe


AMO DEMAIS!!!



Até a próxima postagem

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

GATOS: MANUAL DE INSTRUÇÕES

PARTE 6: PRINCIPAIS DOENÇAS

Depois de dois meses sem atualizações, voltamos com força total!!! Vamos retomar o tema abordando a LEUCOSE FELINA.



6.3 LEUCOSE FELINA

Também conhecida como Leucemia Felina, a Leucose é uma doença causada por um retrovírus oncogênico e imunossupressor de distribuição mundial que afeta felinos domésticos e silvestres.

AGENTE ETIOLÓGICO

O agente transmissor da Leucose é o FeLV (Feline Leukemia Virus) , um Gammaretrovírus com três sorotipos importantes, a saber: A, B e C.
  • O FeLV-A é o mais comum, acomete todos os gatos suscetíveis e provoca grave imunossupressão.
  • O FeLV-B ocorre em cerca de 50% dos gatos infectados e tem maior tendência em desencadear neoplasias do que o FeLV-A.
  • O FeLV-C ocorre em apenas 1% dos gatos infectados com FeLV e ocasiona anemia grave.
Os sorotipos podem atuar isoladamente ou em combinação, causando assim vários sintomas.







EPIDEMIOLOGIA E TRANSMISSÃO

A transmissão ocorre pelo contato entre o gato portador de FeLV e o gato sadio através da saliva, leite, urina e fezes, isto é, de forma direta através da lambedura, mordedura, amamentação e acasalamento, ou indireta, na água de beber, comida e caixa de areia. A transmissão transplacentária também pode ocorrer, quando a mãe for portadora do vírus, infectando o feto levando a quadros de aborto ou natimortos.



PATOGENIA


Após o contato animal-vírus, este segue para o tecido linfático da orofaringe, onde se replica. Neste ponto pode haver uma resposta imune eficaz ou ineficaz, na falha do sistema imune, o vírus segue pela via linfática para outros órgãos como glândulas salivares, baço, células epiteliais do intestino, bexiga e medula óssea devido às células mononucleares infectadas.



SINTOMATOLOGIA E DIAGNÓSTICO


Há quatro formas clínicas da doença:

  1. Neutralização Viral:  o gato apresenta uma resposta imune, deixando-o resistente a futuras infecções por um período de tempo. Ocorre em 30% dos casos. PCR e ELISA são positivos no inicio, depois tornam-se negativos.
  2. Viremia: o vírus progride no organismo através das fases da doença. Os testes tornam-se positivos na seguinte ordem: PCR e ELISA (sangue), ELISA (saliva). Ocorre em 40% dos casos.
  3. Latência: a imunidade do gato não responde, porém, o animal não se torna virêmico. O vírus entra em estado de latência e não ocorre nenhuma replicação. Este estágio dura em torno de 30 meses, quando então progride para neutralização ou viremia. Ocorre em 30% dos casos. O Teste PCR é o único que se apresenta positivo.
  4. Portador São: O vírus continua a se replicar, porém, devido à alta resposta imune, o vírus não sai das células de infecção inicial. Os testes PCR e ELISA (sangue) são positivos enquanto que o ELISA (saliva) é negativo.


Os sintomas irão se apresentar conforme o estágio clínico da doença, o sorotipo ou sorotipos envolvidos e principalmente a resposta imune do animal. Dentre os sinais mais comuns temos: Apatia, anemia, perda de apetite, febre, gengivite, estomatite, efusão pleural (cavidade torácica), anormalidades oculares como anisocoria, hepatoesplenomegalia,



TRATAMENTO

Irá depender dos sintomas apresentados pelo animal.








PREVENÇÃO
  • Mantenha o programa de vacinação do seu amigo gato em dia;
  • Diminua seu acesso à rua e o contato com gatos de procedência desconhecida;
  • Certifique-se que o animal que está adquirindo é saudável antes de colocá-lo em contato com outros.




CONSIDERAÇÕES FINAIS

Um dos principais objetivos do blog é informar aos proprietários a gama das principais doenças que podem acometer nossos Amigos Gatos, portanto, fiquem atentos, tenham sempre um veterinário de confiança e fiquem à vontade para tirar dúvidas!

Até a próxima!